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A mastigação é aprendida de forma reflexa e é responsável por grande parte do desenvolvimento e crescimento craniofacial. Como o aparelho mastigatório não é inerte e está exposto a mudanças durante o crescimento das crianças, a alimentação por meio do reconhecimento de texturas e sabores, exerce importante papel contribuidor para a qualidade da mastigação. Desta forma, o presente trabalho buscou avaliar a qualidade da função mastigatória por meio de métodos subjetivos e objetivos para verificar se há presença de fatores associados como a autopercepção, preferências alimentares, cárie e/ou ausência dentárias, preferência de lado e o IMC que podem influenciar nas funções da mastigação em escolares. Realizado com crianças entre 6 e 12 anos de idade matriculadas nas escolas municipais do município de Araruna, onde a amostra por conveniência foi constituída por 159 crianças, que responderam a um questionário adaptado de avaliação da qualidade mastigatória e preferência de lado, associado a um exame clínico intra-oral quanto ao tipo de dentição, a condição ICDAS, o número de dentes ausentes e avaliação antropométrica. Esses dados foram digitalizados no Microsoft® Office Excel e analisados estatisticamente pelo softer SPSS versão 2.0 com descrição dos dados categóricos por meio do teste quiquadrado, teste t de student e Exato de Fisher. Os resultados demonstraram que a maioria estavam entre 7 e 8 nos de idade, apresentavam dentadura mista no período intertransitório e possuíam IMC adequado. Além de que 53% das crianças apresentavam dificuldade média na mastigação, demonstrando pouca dificuldade para mastigar a maioria dos alimentos abordados no questionário. Tinham uma alimentação considerada pastosa pois 49,1% afirmou ter o hábito de beber líquidos durante a refeição. Somado a isto, este trabalho trouxe também que o número de dentes ausentes gerou influência direta sobre a dificuldade de mastigar (p=0,048). Além de apontar que os participantes também afirmaram uma prevalência quanto a preferência de lado (68,6%), mas que o mesmo não estaria associado a dificuldade de mastigar. Conclui-se desta forma que, dentre os possíveis fatores pesquisados que estariam causando influência na qualidade da mastigação, apenas o número de dentes ausentes associado a dentição mista no segundo período transitório teve influência direta sobre a dificuldade de mastigar. |
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