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Estamos em meio às “ondas” do neoliberalismo mundial, dos tempos espaços de crises sociopolíticas, educacionais e dos pensamentos de valores morais e éticos e, por que não dizer, de esperança, que se refletem sensitivamente e pertinentemente na prática do cotidiano, no devido comodismo e da eventualidade ilusória da fatalidade do desgaste do tempo ligado ao trabalho e ao consumo, mas desconectados no devir de nos fazermos presentes nos processos participativos das políticas públicas e das esferas de poder que ditam os rumos da dinâmica econômica e educacional do país. Desse modo, o presente trabalho tem o objetivo de analisar qual o papel que a ciência geográfica desempenha socialmente e como a interdisciplinaridade com o pensamento filosófico pode contribuir a um ensino aprendizagem mais engajado na formação crítica e política dos indivíduos sociais por meio de práticas que proponham aos alunos uma relação voltada ao seu cotidiano, a partir da necessidade de destaque aos currículos de vida, adaptados ao contexto da realidade escolar e que incentivem o engajamento de alunos/cidadãos ativos na política local. O estudo tem como objeto de análise sete escolas estaduais e federais públicas de ensino médio do estado da Paraíba, integrais e regulares, das cidades de Dona Inês, Bananeiras, Guarabira, Belém e Pirpirituba, que aceitaram participar do projeto, totalizando a participação de oito professores da área de Geografia e quatro professores da área de Filosofia, como também, 745 discentes do primeiro ao terceiro ano do ensino médio, por meio de suas respostas aos questionários, coletados nos anos de 2018 e 2019. O trabalho parte do método materialista histórico dialético, no enfoque de uma noção mais crítica da realidade concreta (SPOSITO, 2004), na qual a busca da verdade é constante mediante as contradições das ideias como elemento construtor ao fruto da razão e a formação do conhecimento que, por sua vez, permite o entendimento da vida em sua totalidade, diante do que se articula na estrutura sociopolítica e econômica no âmbito social e, consequentemente, educacional. Assim, os dados coletados agregam, a partir de concepções teórico metodológicas e das experiências in loco, bases para questionar como os educandos e os docentes estão envolvidos nos propósitos do olhar e do fazer da práxis geográfica na realidade contemporânea e articula sobre a importância da educação geográfica e do pensamento filosófico na educação brasileira, diante de um sistema econômico que desvaloriza o ato de politizar se, ao mesmo tempo em que consome o nosso tempo em prol da lucratividade e da dinâmica de “estar atualizado” e fazendo uso dos serviços do mundo globalizado. |
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