Resumo:
Este artigo se propõe a analisar a história do feminismo negro no Brasil entre as décadas de 1970 e 1980. Além disso, verificar a situação das mulheres negras no início do século XXI, culminando na Marcha das Mulheres Negras, em 2015. Pretende-se examinar as continuidades e mudanças ocorridas no período entre o surgimento de movimentos feministas negros e a Marcha das Mulheres. Esta pesquisa se baseia na compreensão de que raça e gênero são dinâmicos e encarados como construções sociais sujeitas a negociações, opressões e silenciamentos constantes em determinados contextos históricos, sociais, culturais e econômicos. O feminismo negro se faz relevante em uma sociedade quando a população branca congrega privilégios para si, enquanto a população negra continua sendo menosprezada apresentando elevados índices de pobreza, desemprego e vulnerabilidade a manifestações de violência. Para se entender as opressões sofridas por mulheres negras, deve-se compreender as representações em circulação na sociedade sobre esse grupo. Recorre-se à interseccionalidade para fornecer embasamento crítico as análises realizadas.
Descrição:
LIMA, Gislaine Muniz de. Do feminismo negro brasileiro à marcha das mulheres negras - 2015: o que mudou? 2019. 45 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) – Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2019.