Resumo:
A utilização de inventários biológicos, associada a estimativa da riqueza de espécies,
representa uma ferramenta útil para subsidiar informações voltadas ao manejo e a
conservação dos ecossistemas. Este estudo teve como objetivos: i) avaliar comparativamente
a eficiência de estimadores de riqueza não-paramétricos e ii) avaliar se a eficiência de
estimadores é alterada quando aplicada em bacias hidrográficas em diferentes ecorregiões. O
estudo foi realizado em duas bacias hidrográficas (Piranhas-Assu e Paraíba), localizadas em
duas ecorregiões do semiárido (Depressão Sertaneja Meridional e Depressão Sertaneja
Meridional) e para cada bacia hidrográfica foram selecionados 3 reservatórios. Os
macroinvertebrados foram amostrados em 4 períodos (Junho, Setembro, Dezembro de 2014 e
Março de 2015), em 141 sites distribuídos na zona litorânea dos reservatórios. Foram
analisados comparativamente seis estimadores de riqueza não- paramétricos: Jackknife 1,
Jackknife 2, Chao1, Chao 2, ICE (Incidence-based Coverage Estimator) e Bootstrap, além três
indicadores: enviesamento, precisão e acurácia. Nossos resultados mostram que os
estimadores os estimadores ICE, Chao2, Jackknife1 e Jackknife2 apresentam resultados mais
estáveis sobre a riqueza total das espécies, no entanto diferiram quanto ao viés, precisão e
acurácia entre as ecorregiões, entre os estimadores estudados o ICE e o Jackknife 2 obtiveram
melhor resultado. Podemos concluir que os estimadores de riqueza sofrem influência da
variação no número de amostras, o que pode resultar em diferenças de viés, acurácia e
precisão, se mostrando uteis na elaboração de inventários biológicos.
Descrição:
BRITO, P. G. Performance de estimadores de riqueza para inventários de macroinvertebrados em reservatórios. 2019. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.