A construção do processo de ensino e aprendizagem em Geografia no contexto do ensino remoto: Uma experiência vivenciada no âmbito do estágio supervisionado

Abstract

A formação docente é um processo que envolve muitas etapas, de modo que cada uma delas são importantes no desenvolvimento de conhecimentos teóricos e práticos essenciais a construção da forma de atuar do professor em meio aos diversos e, em muitos casos, adversos, cenários da educação escolar. É com essa visão que compreendemos os estágios supervisionados como momentos da formação docente que vão muito além de uma simples formalidade exigida pelos cursos de licenciatura, já que é nos estágios que criam-se oportunidades singulares de vivenciar, ainda na graduação, à docência sob seus aspectos positivos e negativos. Este trabalho resulta de experiências construídas através da realização de dois estágios supervisionados, de observação e regência, cursados ao longo dos semestres 2020.1 e 2020.2 no Curso de Licenciatura Plena em Geografia, modalidade a distância, da Universidade Estadual da Paraíba. Dessa forma, temos como objetivo geral compreender a construção do processo de ensino e aprendizagem em Geografia no contexto do ensino remoto, partindo, para isto, das experiências vivenciadas no decorrer dos estágios supervisionados. O estágio de observação, que teve como foco a Geografia escolar no ensino fundamental II, ocorreu na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Ministro Alcides Carneiro, situada na cidade de Livramento-PB e pertencente a rede municipal de ensino. Já o estágio de regência, desenvolvido na Geografia escolar do ensino médio, teve como lócus o Colégio Menino Jesus, localizado na cidade de Teixeira-PB e que faz parte da rede privada de ensino. Com base no que foi vivenciado, é interessante destacar que o processo de ensino e aprendizagem em Geografia, alvo da observação e, posteriormente, em outro contexto, da regência, tem sentido os efeitos do ensino remoto que repercute na aprendizagem, criando desnivelamentos entre alunos e entre escolas que possuem realidades diferentes; e no trabalho docente, que tem sofrido, entre outras coisas, com a sobrecarga de atividades.