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Neste trabalho apresenta-se uma reflexão acerca do ensino de Geografia e de suas interfaces
com o ensino remoto e, dentro deste, com a educação inclusiva. Para isto, conta-se com as
experiências vivenciadas no decorrer do Componente Curricular Estágio Supervisionado II,
ofertado pelo Curso a distância de Licenciatura Plena em Geografia, da Universidade Estadual
da Paraíba, no período acadêmico de 2020.2. Por meio do mencionado Componente, pôde-se
vivenciar, através da regência no ensino médio, a realidade do ensino de Geografia em uma
escola da rede estadual de ensino da Paraíba, a Escola Cidadã Integral Estadual de Ensino
Médio Antônio Galdino Filho, que se localiza no município de Pocinhos-PB, e,
consequentemente, em virtude do contexto pandêmico, a configuração do processo de ensinoaprendizagem remoto e como este tem contemplado alunos com deficiência inseridos em salas
regulares, já que na turma em que se realizou o estágio havia a participação de um estudante
com este perfil. Diante desse quadro, no presente trabalho teve-se como objetivo central
compreender a construção do processo de ensino-aprendizagem remoto em Geografia e seus
desdobramentos no âmbito da educação inclusiva. Do ponto de vista metodológico, tomou-se
por base a abordagem qualitativa, em que optou-se pela pesquisa exploratória para chegar a um
diagnóstico pormenorizado da realidade na qual se esteve imerso. Quanto aos procedimentos
metodológicos, houve a realização de pesquisas bibliográfica, documental e colaborativa.
Quanto aos resultados alcançados, pode-se destacar que o processo de ensino-aprendizagem,
independente do contexto, exige planejamento e ações centradas nas especificidades dos
sujeitos a serem contemplados e diante do ensino remoto isto é ainda mais necessário. O ensino
remoto de Geografia no ensino médio, conforme apreendido no estágio, é desafiador e envolve
problemas diversos que não são exclusivos da escola, mas reflexo de uma sociedade
historicamente desigual, que faz da escola uma escala de reprodução de suas desigualdades
estruturais. Neste cenário, quando se trata de analisar a educação inclusiva, nota-se que os
desafios são ainda maiores, pois para além do “acesso” propriamente dito ao processo de
ensino-aprendizagem remoto, é preciso criar estratégias para alcançar os alunos com deficiência
de forma a contemplá-los efetivamente nessa nova realidade educacional no âmbito escolar. |
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