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O semiárido nordestino, a grosso entendimento, é posto sob o imperativo de um estereotipo pré-concebido que projeta a visão de um território flagelado pela seca caricata, dependente eternamente de políticas públicas e que encontra-se tensionado entre velhos problemas historicamente irresolutos e novas possiblidades de desenvolvimento. Diante disso, entendemos que a Geografia, ao possibilitar a apreensão teórico-prática de uma realidade que se movimenta constantemente e exige novas explicações e compreensões, é importante não só para a construção do conhecimento acerca desse território e de suas dinâmicas, mas também para a estruturação de ações destinadas a sua transformação mediante a formação geográfica dos sujeitos do lugar. Partindo desta linha de pensamento, o objetivo que norteou a realização deste trabalho consistiu em compreender o papel do ensino de Geografia na construção de perspectivas e práticas que corroboram para o desenvolvimento regional no semiárido. Para isto, tomamos como referência empírica a realidade vivenciada no Centro de Ensino Fundamental Luzia Maia, que se localiza no município de Catolé do Rocha, no estado da Paraíba. O percurso metodológico embasou-se na abordagem fenomenológica de base exploratória, através da qual adotamos como procedimentos metodológicos pesquisa bibliográfica, pesquisa-ação e pesquisa de campo. Pelo o que pôde ser apreendido na pesquisa, observou-se que os professores de Geografia do Centro de Ensino Fundamental Luzia, levam a ciência geográfica como relevante para o entendimento dos conceitos e da formação da identidade na perspectiva de fomentar um novo olhar para o semiárido. O conhecimento aplicado dentro da região e voltado para as potencialidades deste lugar estão desmistificando as concepções paradigmáticas acerca do Nordeste e do semiárido nordestino. |
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