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A ivermectina é um antihelmintico, do grupo das avermectinas, utilizado mundialmente em
animais. Diferentemente dos medicamentos para uso humano, os medicamentos veterinários
não dispõem de normas específicas para o controle de qualidade. A falta deste controle pode
comprometer a saúde e o tratamento veterinário. Segundo órgãos regulamentadores, como a
Farmacopéia Brasileira e a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
recomendam métodos cromatográficos para quantificação de fármacos. Entretanto, essas
metodologias são destrutivas, de custo elevado e experiência no manuseio do equipamento.
Tendo em vista que a espectrofluorimetria é de baixo custo, não degrada as amostras e
proporciona analises rápidas. O objetivo deste trabalho foi a construção de um modelo de
quantificação de IVM em medicamentos veterinários sob a forma de comprimidos
mastigáveis, utilizando espectroflurimetria como técnica analítica em conjunto a
quimiometria. Amostras de IVM, padrão e comerciais, foram analisadas por
espectrofluorimetria em uma faixa de 260 a 300 nm de excitação e 300 a 380 nm de emissão,
selecionando a região de maior intensidade de sinal, com comprimentos de onda de excitação
de 281 a 286 nm e de emissão de 310 a 360 Utilizando calibração multivariada de primeira
ordem como Regressão por Mínimos Quadrados Parciais (PLS) e Regressão pelo método de
Componentes Principais (PCR), além de tratamentos prévios, Variação Normal Padrão (SNV)
e Savitzky-Golay (SG), para redução de ruídos instrumentais e interferentes. Comparando os
modelos criados perante cada pré-tratamento, obtivemos o modelo de PCR, a 284 nm de
excitação tratado por derivação de Savitzky-Golay, adequado diante as considerações feitas
nos valores de RMSEC (0,492815), RMSECV (1,225903), R² (0,999029) e R²cv (0,993909).
Levando em consideração a predição do método mostrou-se eficaz diante as amostras reais,
com desvio de 0,5% da concentração de IVM nas amostras comerciais. |
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