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Para suprir a necessidade de água, estudos que buscam viabilizar a reutilização da mesma para realização das diversas atividades humanas são fundamentais. Nesse âmbito, existe a possibilidade de reaproveitar água de diferentes fontes para fabricação do concreto. Essa água tem com funções proporcionar trabalhabilidade à mistura e realizar as reações de hidratação do cimento. Logo, o trabalho tem como objetivo analisar a possibilidade de reutilizar água de diferentes fontes como água de amassamento em corpos de prova de concreto, bem como comparar as características mecânicas do concreto e os parâmetros físico-químicos da água. Foi realizado um estudo quali-quantitativo por meio de ensaios laboratoriais para caracterização dos agregados, confecção de corpos de prova de concreto e análise físico-química da água. Ao analisar os resultados obtidos no ensaio de resistência à compressão, observou-se que a água coletada da lavagem de betoneira apresentou melhor resultado representado por um aumento de 9,89% na resistência à compressão quando comparada com a de abastecimento humano, sendo este valor igual a 40,711 ± 1,382 MPa. Já a água com menor resistência à compressão foi a de chuva, com valor igual a 33,940 ± 3,491 MPa. As demais apresentaram valores similares, sendo estes iguais a 37,046 ± 2,337 Mpa para a água de abastecimento urbano, 37,75 ± 1,071 MPa para água de rebaixamento do lençol freático e 37,189 ± 2,988 MPa para a água coletada de poço. Na análise físico-química da água foi possível constatar que as amostras estudadas atenderam aos critérios de pH, cor, turbidez e sólidos totais, com ressalva para a água de rebaixamento do lençol freático que não atendeu à cor especificada. Em relação à resistência à compressão, todos os tipos de águas analisados podem ser empregados como água de amassamento na fabricação de concreto, pois apresentaram resistência à compressão maior ou igual a 90% do valor obtido para água de abastecimento. Apesar dos bons resultados para resistência à compressão, características físico-químicas não analisadas podem ocasionar problemas crônicos ao concreto, sendo, portanto, necessário realizar o ensaio de tempo de pega, determinado pela ABNT NBR 15900:2009. |
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