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Desde a inserção da mulher no mercado de trabalho, sua mão de obra foi concentrada
em setores associados muitas vezes ao cuidado e a educação, cujas funções já eram
desempenhadas por mulheres no ambiente doméstico. Porém, com o passar dos anos, a mão de
obra feminina começou a ganhar espaço em outros ramos, como por exemplo, na construção
civil, onde elas têm encontrado algumas barreiras associadas ao gênero. Esta pesquisa tem
como objetivo analisar o cenário de inserção de mulheres no ramo da engenharia civil,
abordando o que motivou às mesmas para ingressarem nessa profissão, bem como também
investigar as condições de trabalho da mulher neste ambiente e assim, enriquecer a voz das
mulheres no que tange a busca da igualdade de gênero. A metodologia consiste em duas etapas:
revisão da literatura, para obtenção do embasamento teórico do tema e na segunda etapa, a
realização de entrevistas por meio de questionários semiestruturados com 31 engenheiras civis,
buscando coletar dados e conhecimentos específicos de engenheiras civis que atuam em
diferentes áreas do mercado, todo o projeto obedeceu a descrição das identidades das
entrevistadas. Foram analisadas 6 variáveis nos questionários, a escolha do curso de
Engenharia, a trajetória na graduação, a inserção no mercado de trabalho, a atuação e os
desafios, a maternidade e os avanços observados. Ao comparar as questões discutidas em
diversos trabalhos acadêmicos e os resultados de pesquisas de campo, conclui-se que a
igualdade de gênero na engenharia civil ainda tem obstáculos a serem superados, mas há
evidências de que a sociedade está avançando cada vez mais na aceitação de mulheres na
construção civil que é um ramo tradicionalmente tido como masculino, bem como, existe um
caminho de empoderamento destas mulheres ao enfrentar as barreiras sociais e escolherem a
engenharia civil.
Palavras-Chave: Igualdade de gênero. Engenheiras. Inserção. Feminismo. |
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