Quem salvará a África? uma análise pós-estruturalista do branco salvador na África (2003-2020)

Abstract

Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo geral fazer uma Análise de Discurso na lógica de diferenciação proposta por Lene Hansen (2006) de 7 filmes selecionados, de modo que seja encontrado, na construção discursiva hollywoodiana, quem irá salvar a África, mais precisamente, o Branco Salvador. Os objetivos específicos são: (a) identificar o cinema como construtor de discurso, agente de poder nas relações internacionais; (b) explicitar a relação entre Hollywood e os ideais de política externa Estados Unidos; (c) identificar as dicotomias salvador/vítima, civilização/barbárie, liberdade/opressão, democracia/tirania, compaixão/crueldade; respectivamente nos filmes Lágrimas de Sol (2003), Franquia Madagascar (2005, 2008 e 2012). O Jardineiro Fiel (2005), Diamante de Sangue (2005) e Adú (2020). Portanto, a hipótese é que Hollywood, guiada pelos interesses hegemônicos estadunidenses, constrói uma imagem negativa da África e dos africanos para assim justificar a interferência do branco euro-estadunidense no território e legitimar-se como única possibilidade de salvação. A pesquisa faz uso das percepções do pós-estruturalismo em relações internacionais e utiliza-se como método de pesquisa a Análise de Discurso na seleção dos filmes protagonizados na África, produzidos por Hollywood e lançados entre os anos de 2003 e 2020.