Um estudo sobre o cadastro georreferenciado de poços destinados ao abastecimento humano na cidade de Nova Floresta - PB

Abstract

O Nordeste brasileiro, em especial, a região semiárida é uma localidade que sofre com a escassez hídrica e que, em muitas situações, submete seus habitantes a buscarem soluções alternativas de abastecimento. A cidade de Nova Floresta - PB, situada no Curimataú Paraibano, não foge à realidade de tantos outros municípios do semiárido e apresenta dificuldades no abastecimento de água principalmente pela falta de um fornecimento de água por rede de distribuição, fazendo com que esta seja totalmente dependente de soluções alternativas de abastecimento. Desta forma as águas subterrâneas que se situam entre os vazios das formações geológicas e compõem os aquíferos são vistas como meio de solucionar parcialmente ou totalmente o problema doméstico de abastecimento no município em estudo. Nesta pesquisa, de tipo exploratória e abordagem quantitativa, foram estabelecidos os objetivos de realizar o cadastro georreferenciado dos poços utilizados para abastecimento doméstico no bairro Francisco Estevão na cidade de Nova Floresta, produzir produtos cartográficos através de software de geoprocessamento que indiquem posição dos poços com suas características de infraestrutura e uso contribuindo assim para a vigilância da água no município. Com o método de aplicação de questionários em todo a região de estudo foi possível cadastrar poços utilizados como Soluções Alternativas Individuais (SAI) e Soluções Alternativas Coletivas (SAC) nas quais foram identificados problemas de falta de tratamento e desinfecção da água, insuficiência da vigilância e inexistência do controle da água. Além disso também foi averiguado que as SAC são responsáveis majoritariamente pelo atendimento aos habitantes da região devido à realização do comércio da água e que a quantidade de poços que apresentam outorga é ínfima. Ao fim, constatou-se a necessidade de maiores cuidados sanitários, tanto em formas de tratamentos da água como em elementos físicos de proteção aos poços, além da intensificação da vigilância da qualidade água em busca da garantia da segurança dos habitantes que residem em uma localidade que utilizam dessa água para diversos fins, inclusive, beber e cozinhar.