Resumo:
Nos últimos anos uma temática que tem sido bastante discutida são os tratamentos alternativos para problemas ambientais. Um dos grandes problemas é o lançamento de efluentes têxteis com corantes em corpos aquáticos, que quando passam pelo tratamento convencional tem uma taxa de remoção da concentração de corante baixa. Um dos métodos alternativos é o uso de bioadsorventes, como a borra de café, para remoção desses corantes. Com isso, o trabalho teve como objetivo realizar a secagem da borra de café e avaliar seu potencial como adsorvente, com diferentes variáveis, a fim de descobrir sua eficiência de remoção de corante têxtil em efluentes, usando um efluente têxtil sintético (ETS) com grande concentração de azul de metileno. Foi realizado um planejamento experimental e com ele ficou explicito que as melhores condições de remoção do corante foram com massa da borra de café de 0,1 gramas, concentração de azul de metileno de 100 mg.L-1 e tempo de agitação de 30 minutos. Em seguida no estudo cinético foi fixado a massa e concentração para análise da curva de crescimento da quantidade de corante adsorvido por quantidade de massa do adsorvente (QT) no qual foram aplicados os modelos de pseudo-primeira e pseudo- segunda ordem, sendo que o de pseudo-segunda ficou mais ajustado aos dados, indicando o processo como quimissorção. Após isso, no estudo de equilíbrio com massa e tempo fixados, foi analisada a curva entre a concentração de corante no tempo de equilíbrio (CE) e a quantidade de corante adsorvido por quantidade de massa do adsorvente no equilíbrio (QE) no qual foram aplicados os modelos de Freundlich e Langmuir que se ajustaram muito bem aos dados, sendo possível indicar o processo como uma quimissorção em monocamada. Por fim, depois de comparar com outras literaturas, a borra de café se mostrou satisfatória na remoção do azul de metileno, tendo uma faixa de 95 a 99% de remoção.
Descrição:
RAMOS, Ayrton Natthan Silva. Avaliação do uso da borra de café como adsorvente para a remoção do corante têxtil azul de metileno presente em águas residuárias. 2022. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.