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Introdução: A xerostomia oral pode estar associada ou não à hipossalivação e
usualmente decorre dos efeitos colaterais de tratamentos medicamentosos,
antineoplásicos, disfunções salivares e condições psicossomáticas. Objetivos:
Determinar e associar à ocorrência e severidade de xerostomia, ocorrência de
hipossalivação em relação a dados sialométricos, aspectos sistêmicos e
psicológicos em pessoas na terceira idade. Métodos: Estudo transversal analítico.
135 pessoas na terceira idade foram recrutadas em municípios do Curimataú
Oriental Paraibano. Mediante aplicação de questionários foram obtidos dados
sociodemográficos, presença de doenças sistêmicas crônicas, uso contínuo de
fármacos, identificação de sinais de ansiedade e depressão, bem como
questionários para avaliar a ocorrência e severidade de xerostomia. Foi realizado
exame oroscópico mediante inspeção visual e palpação digital. Medidas de fluxo
salivar espontâneo e estimulado foram realizadas através do método de
expectoração salivar. Os dados coletados foram submetidos a análise estatística
descritiva e inferencial utilizando-se o software SPSS for Windows, versão 20.0.
Resultados: a amostra de 135 participantes, constituída por 45 homens e 90
mulheres com a média de idade de 67 anos. Relatos de xerostomia foram
observados em 37,2% (n=32) da amostra. Condições como ansiedade, uso de
polifármacos, doenças sistémicas foram os principais fatores associados a essa
complicação estomatológica. A prevalência de hipossalivação com base na
fluxometria não estimulada e estimulada foi de 91,9% (n=124) e 54,8% (n=74),
respectivamente. Cerca de 13,4% (n=12) apresentavam algum grau de ansiedade
e 74,4 (n=67) dos participantes estavam seriamente debilitados pela depressão
ou esgotamento. Conclusão: a prevalência de xerostomia se mostrou elevada,
porém a maioria desses não ocorreu concomitantemente com estados de
hipossalivação. Ambas alterações predominaram no sexo feminino,
principalmente em pessoas acometidas por várias doenças sistêmicas ou
usuários frequentes de polifármacos, além de uma associação estatisticamente
significativa entre ocorrência de xerostomia e nível de ansiedade. |
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