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A construção de edifícios mais altos e esbeltos está cada vez mais presente nos grandes centros
urbanos. Paralelamente, a análise estrutural dessas edificações carece de métodos, ferramentas
e técnicas construtivas capazes de garantir a estabilidade, segurança e bom desempenho em serviço
da estrutura. Destaca-se, neste contexto, a estabilidade global das estruturas considerando
aspectos como a não linearidade física e geométrica dos materiais. O uso do concreto armado
no Brasil é cultura e historicamente o material mais utilizado para construção de edifícios, e
tem suas vantagens e desvantagens já bem consolidadas. No entanto, o aço como elemento
estrutural tem ganhado espaço no mercado da construção civil e se tornado uma alternativa
competitiva frente aos anseios dos novos empreendimentos. A alta resistência mecânica do aço
proporciona a construção com elementos esbeltos, com redução nas propriedades geométricas
o que torna as estruturas mais suscetíveis a deslocamentos horizontais, consequentemente, influenciando
na estabilidade global. Há, portanto, a necessidade de utilização de sistemas de
contraventamento para combater os esforços horizontais e viabilizar construções altas. O objetivo
principal deste trabalho é avaliar o comportamento e a estabilidade global de estruturas
com três diferentes tipos de sistemas de contraventamento, além da influência da esbeltez e
do material estrutural empregado nesse processo. Foram modelados 12 tipos de estruturas em
elementos finitos (Software Autodesk ROBOT), variando-se o material empregado (concreto
armado e aço), a esbeltez do edifício e o tipo de contraventamento utilizado (pórticos, treliças e
núcleos rígidos), e realizadas análises lineares e não lineares (esta pelo método P- ) para a obtenção
dos deslocamentos laterais das estruturas. Constatou-se que a utilização de determinados
sistemas de contraventamento estrutural é determinante para melhorar bastante a estabilidade
das construções, diminuindo em alguns casos em 239,0% o deslocamento, além das influências
causadas pela esbeltez, apresentando reduções de até 84,0% e do material estrutural empregado
no edifício. |
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