dc.description.abstract |
O presente estudo objetivou verificar a correlação entre o diagnóstico clínico de lesões
orais e os hábitos de tabagismo, etilismo e exposição solar, em uma população da
região do Curimataú, do Estado da Paraíba. O estudo foi do tipo transversal,
descritivo-analítico, e foi realizado a partir de uma análise documental de prontuários
clínicos do Núcleo de Atenção e Controle do Câncer Bucal (NACC), pertencente ao
Curso de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba - Campus VIII. Dos 1325
pacientes cadastrados, 270 (20,7%) apresentaram-se com lesões orais. A lesão mais
frequente foi a queilite actínica (n=110, 44,4%), e o sítio anatômico mais acometido
foi o lábio inferior (n=126; 51,2%). Entre os pacientes da amostra, 452 (34,3%)
relataram contato com tabagismo, 438 (33,6%) contato com álcool e 776 (59,3%)
contato com sol. Os dados foram tabulados no programa SPSS 14.0®; realizou-se a
análise descritiva e aplicou-se o teste estatístico qui-quadrado (χ²), além de Phi e V
de Cramer, com nível de significância de 5%, a fim de se verificar possíveis
correlações estatísticas entre as variáveis. O tabagismo e a exposição crônica à
radiação ultravioleta foram os fatores estatisticamente significativos relacionados à
presença de lesão. Especificamente, o hábito de tabagismo apresentou correlação
com a ocorrência de leucoplasia, lesão traumática, lesão eritoplásica e
eritroleucoplasia; e a exposição solar com a queilite actínica. Conclui-se que as lesões
orais apresentam alta prevalência na população estudada, sendo a queilite actínica a
mais frequente; e que as lesões: leucoplasia, lesão traumática, eritoplasia e
eritroleucoplasia estão relacionadas estatisticamente ao hábito do tabagismo; e a
queilite actínica à exposição crônica ao sol. |
pt_BR |