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A hipótese dos apoios indeslocáveis, fundações engastadas ou rotuladas, vem sendo bastante utilizada pelos engenheiros projetistas ao longo dos anos. Tal fato se dá pela praticidade do método, e também, pela grande dificuldade que existia no passado em analisar manualmente edifícios sobre apoios flexíveis. Todavia, com o desenvolvimento tecnológico e consequente advento dos microcomputadores, surgiram softwares que proporcionam a análise computacional dos edifícios de forma mais realista, levando em consideração a superfície deformável adjacente às fundações. Não obstante, os projetos em sua maioria ainda são desenvolvidos desconsiderando a existência da Interação Solo-Estrutura (ISE). Posto isto, o objetivo desse trabalho científico é reforçar a importância da usabilidade da análise da Interação Solo-Estrutura (ISE), no dimensionamento e composição de projetos estruturais. Analisando o comportamento de um edifício de cinco pavimentos, em termos de recalques e esforços internos, conflitando resultados entre o método convencional, apoios rígidos, de Schmertmann e o método dos apoios flexíveis de Winkler. A metodologia empregada foi uma sistemática iterativa, na qual o pórtico foi modelado no software SAP 2000©, considerando o modelo finito de Winkler. O edifício modelado apresentou divergências numéricas para as reações verticais e recalques, mediante a substituição de apoio rígido por apoio elástico. Notou-se que 49% dos pilares apresentaram um aumento das suas reações verticais, quando considerada a ISE, bem como 62% dos pilares apresentaram redução nos valores dos recalques quando considerada a ISE. Tal variabilidade, com redistribuição das cargas nos pilares e vigas, reflete a necessidade da consideração da Interação Solo-Estrutura na elaboração dos projetos estruturais mais diversos. |
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