Resumo:
As revoltas populares vêm sendo cada vez mais estudadas pela historiografia principalmente as do século XIX. Entre elas, destaca-se a Revolta do Ronco da Abelha, a qual causou instabilidade e desconfiança da população pobre, principalmente em relação aos novos decretos imperiais (797 e 798). Tais decretos reacenderam, sobretudo, o medo da população do processo de reescravização impulsionada pela “Lei do cativeiro”. Em resposta, organizaram-se motins para impedir a implementação desses regulamentos. O presente estudo se caracteriza como uma pesquisa de cunho qualitativo, utilizou-se como pressupostos teórico-metodológicos elementos da pesquisa documental e bibliográfica. O seu objetivo geral é analisar o que impulsionou a Revolta do Ronco da Abelha, a partir da linguagem jurídica dos documentos e seus desdobramentos históricos, sociais e políticos. O recorte temporal é o século XIX, os anos entre 1850 e 1852. No decorrer desse período houve grande insatisfação as medidas impostas pelo governo imperial, este interferiu nas relações entre Igreja e Estado, o que feriu o pensamento cristão da época. Além disso, foi recorrente o temor das autoridades que tentaram apaziguar os motins, os quais geraram inúmeras mortes e confrontos, isso impulsionou posteriormente a suspensão dos decretos.
Descrição:
MEDEIROS, M. W. M. O ronco da abelha: entre medo e repercussões sociais e políticas. 2022. 33f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2022.