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A atividade de carcinicultura é mais uma modalidade comercial de exploração do camarão, um pequeno crustáceo muito valorizado no mundo todo. No entanto, os problemas referentes aos impactos no meio ambiente vêm se multiplicando paulatinamente, especialmente quando tal atividade é implantada em recursos fluviais. Este é o caso da atividade carcinicultora na bacia do Rio Mamanguape, no estado da Paraíba, que se iniciou na área fluviomarinha deste rio e vem penetrando à montante até o município de Mulungu, a aproximadamente 100 km do litoral norte paraibano. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar a atividade de carcinicultura na planície fluvial do rio Mamanguape, em Mulungu, à luz da legislação vigente e seus reflexos sobre a sociedade local e a natureza. Nos utilizamos da bibliografia existente sobre o assunto, da legislação, bem como de ferramentas disponíveis para o georreferenciamento e análise de dados, além de visitas in loco para compreender o desenvolvimento da citada atividade. Constatamos índices de poluição por causa do lançamento de efluentes, sem qualquer tratamento, sobre as águas fluviais do rio Mamanguape, na área municipal de Mulungu. Similarmente às outras áreas, em Mulungu vem aumentando a retirada da mata ciliar, com focos de erosão. É provável também que a carcinicultura possa aumentar a salinização do solo, além da expulsão de atividades ocorridas anteriormente nestes espaços. É inegável que o cultivo de camarão pode ser uma alternativa para o desenvolvimento social, desde que seja planejado de maneira que o ambiente suporte a atividade e obedeça à legislação vigente. Caso contrário, pode gerar diversos impactos sociais e ambientais, que poderá atingir toda a cadeia alimentar da citada bacia hidrográfica. |
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