Resumo:
Os arquivos públicos custodiam documentos de valor histórico e permanentes,
documentos únicos e de guarda imprescritível, de valor inestimável para a sociedade.
O objetivo geral do trabalho é discutir a aplicabilidade da Gestão de Riscos para
Prevenção e Combate a Incêndio e Controle de Pânico para os Arquivos Públicos de
João Pessoa, Paraíba, seguindo o método dos procedimentos técnicos baseado nas
exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas, na recomendação do
Conselho Nacional de Arquivo ante o risco de incêndio e nas normas de segurança
contra incêndio e controle pânico nas edificações do Estado da Paraíba que está
exposto na Lei Estadual nº 9.625, de 27 de dezembro de 2011, que institui o Código
Estadual de Proteção Contra Incêndio, Explosão e Controle de Pânico. Trata-se de
uma pesquisa bibliográfica, exploratória, descritiva e documental. Destaca-se que
além da necessidade de medidas preventivas e de proteção contra incêndio nos
arquivos públicos, que possibilitem a conservação de seus acervos bibliográficos e
documentais, é preciso haver gestão de riscos para a segurança e controle de pânico
dos recursos humanos e usuários. O Conselho Nacional de Arquivos faz
recomendações para a construção de edificação para sede de arquivo que dizem
respeito à segurança contra incêndio e dispõe que os arquivos públicos municipais
promovam ações de segurança e prevenção de incêndios. A Lei nº 9.625/2011
regulamenta a atuação do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba, que é responsável
pelo controle da observância dos requisitos técnicos contra incêndios e de projetos de
edificações antes ou depois de sua liberação ao uso. A provisão de rotas de fuga
seguras e sinalização adequada contribuem para o controle de pânico e protegem os
trabalhadores e usuários dos arquivos. Os acessos devem permitir o escoamento fácil
dos ocupantes do prédio, permanecer desobstruído em todos os pavimentos, ter
largura de acordo com a NBR 9077:2001, ser sinalizados e iluminados com indicação
clara do sentido de saída. A capacitação de trabalhadores para utilizar extintores e
mangueiras é medida necessária e destacamos a importância do arquivista ter
conhecimento das classes de extintores, pois seu uso correto trará maior possibilidade
de controle das chamas, possibilitando a conservação e preservação de documentos
arquivísticos e a garantia do acesso à informação. Outras medidas são: instalação do
sistema básico de segurança contra incêndio, formação de brigadas de incêndio e
serviços contínuos de um bombeiro profissional civil. Conclui-se que a segurança da
documentação de arquivos é indispensável para a preservação da memória
institucional, e que a proteção contra incêndio nas Instituições de Memória é
fundamental para garantir a segurança dos servidores e usuários, mantendo um
ambiente seguro.
Descrição:
SILVA NETO, A. S. da. Gestão de riscos para prevenção e combate a incêndio e controle de pânico nos arquivos públicos. 2022. 41f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Arquivologia) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2022.