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Secas são eventos que ocorrem quando a precipitação foi inferior aos níveis normais
registrados, causando impactos sociais, econômicos e ambientais. Objetivou-se analisar os
eventos extremos de secas e seus impactos na sub-bacia hidrográfica do Rio Sucuru durante a
série histórica de 1994-2021. Os dados pluviométricos foram obtidos através da Agência
Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA). Com a análise dos dados foi
possível conhecer a duração, o déficit hídrico e a intensidade dos eventos. Após a identificação
das secas e de suas características (duração, déficit hídrico e intensidade), foi utilizado o Índice
Padronizado de Precipitação (IPP) para classificar e selecionar os eventos extremos de secas
(IPP - 2,00) que ocorreram. Foi utilizado o software QGIS 2.18.28 Las Palmas para
espacialização do IPP durante os anos mais representativos (1998 e 2012) por meio da
interpolação espacial. Buscou-se, também, relacionar os IPPs e seus impactos com o uso e
cobertura do solo dos municípios da sub-bacia, para isso, utilizaram-se imagens de 1998 e 2012
do MAPBIOMAS. O datum definido para a elaboração dos mapas foi o SIRGAS 2000 e os
dados shapefiles foram obtidos da AESA. Com relação aos impactos das secas extremas na
agricultura (quantidade produzida de feijão e milho), na pecuária (efetivo do rebanho bovino,
caprino e ovino) e nos produtos agropecuários (quantidade produzida de leite de vaca e de ovos
de galinha), devido à ausência de informações de secas anteriores, analisaram-se apenas os
dados da série 2011-2020. Os anos de 2011 e 2020 foram incluídos com a finalidade de
comparar dois anos com chuvas acima da média com vários anos seguidos de secas (2012-
2019). Com relação à duração, ao déficit hídrico e à intensidade, ocorreram secas graves na
década de 1990 em todos os municípios, sendo as mais críticas as da série 1997-1999. As secas
em 2001-2003 foram muito intensas, porém menos do que as que aconteceram nas décadas de
1990 e 2010. Identificaram-se secas gravíssimas durante 2012-2019 em todos os municípios,
com destaque para Caraúbas, Monteiro, Serra Branca, Congo e Coxixola. Os eventos extremos
de secas nos munícipios ocorreram durante os anos de 1998, 1999, 2012, 2013, 2014, 2015,
2016, 2017, 2018 e 2019. São os anos com as mais graves secas do período estudado. As secas
extremas de 1998-1999 aconteceram na grande maioria dos municípios. Estes eventos geraram
diversos impactos sociais, econômicos e ambientais nas comunidades. A seca da série 2012-
2019 é considerada a mais longa e grave do período estudado na sub-bacia hidrográfica, com
os eventos extremos de secas de maior gravidade acontecendo em 2012 e 2013. Ocorreram
prejuízos na agricultura (quantidade produzida de feijão e milho), na pecuária (efetivo do
rebanho bovino, caprino e ovino) e nos produtos agropecuários (quantidade produzida de leite
de vaca e ovos de galinha) durante as secas, com maior intensidade em 2012 e 2013. |
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