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O lodo gerado após o tratamento de água para o consumo, na maioria das vezes, não tem uma disposição final adequada pelas companhias de saneamento no Brasil, sendo descarta indiscriminadamente na natureza, podendo gerar impactos ambientais tais como assoreamento, alteração na fauna e flora. Nesse sentido, o presente trabalho analisou a resistência à compressão de argamassa padrão, com substituição parcial do aglomerante por lodo calcinado, proveniente da estação de tratamento de água da cidade de Pirpirituba-PB. Inicialmente, foi feito a caracterização do lodo, onde foram realizados os ensaios da análise granulométrica e a densidade real. A calcinação foi feita em mufla a 700ºC por uma hora e logo após, o destorroamento, realizou-se a análise granulométrica e executou-se o ensaio da finura do lodo calcinado. Também foi realizada a análise granulométrica do agregado miúdo e a finura do cimento. Posteriormente, foram produzidos os corpos de prova de argamassa padrão, e com substituição parcial do cimento por lodo proveniente da estação de tratamento de água, nos teores de 10 e 20%. Após a confecção, os mesmos ficaram em cura submersa por um período de 28 dias. Em seguida, os corpos de prova passaram pelo processo de ruptura para verificar a resistência a compressão, obtendo como valores de 27,341 MPa, 25,649 MPa e 21,931 MPa, respectivamente. Foi observado que o lodo pode ser aplicado como matéria prima na produção de argamassa, desde que sejam observadas as normas técnicas à sua utilização. O estudo demonstrou que o lodo se mostrou um material essencialmente fino tanto antes como após a calcinação. Considerando a grande quantidade de resíduo proveniente das estações de tratamento de água e do excedente despejado no meio ambiente, mais estudos devem ser conduzidos com a finalidade de verificar a utilização de lodo calcinado com uma finura maior e a substituição do agregado miúdo pelo lodo calcinado em argamassa. |
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