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Introdução: As percepções estéticas variam de acordo com as experiências individuais e sociais, e essas são determinantes na busca de um tratamento corretivo. Para que o profissional conduza este tratamento de maneira eficiente, é importante ter a noção da autopercepção do indivíduo e aliá-la a parâmetros clínicos já conhecidos, para desse modo possibilitar a execução de um diagnóstico e planejamento estético mais assertivo pelos cirurgiões-dentistas, bem como o estabelecimento de tratamentos clínicos mais previsíveis. Objetivo: Identificar as principais características ou alterações estéticas do sorriso autopercebidas entre alunos universitários na Universidade Estadual da Paraíba Campus VIII. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal quantitativo, no qual foram selecionados 60 alunos universitários, divididos em dois grupos, sendo o primeiro composto por 30 alunos do curso de odontologia e o segundo grupo composto por 30 alunos dos cursos de Engenharia Civil e Física da Universidade Estadual da Paraíba, Campus VIII. Três questionários [Psychosocial Impact of Dental Aesthetics Questionnaire (PIDAQ), Oral Health Impact Profile Esthetics (OHIP Esthetics) e um questionário socioeconômico (Apêndice B)] foram aplicados com o objetivo de coletar características relacionadas ao sorriso e dados socioeconômicos para uma autoavaliação de satisfação e percepção bucal. Os dados obtidos foram analisados por meio de estatística descritiva, cálculos de distribuição absoluta e percentual e, posteriormente, foram categorizados. Resultados: Os resultados obtidos com a aplicação do questionário Psychosocial Impact of Dental Aesthetics Questionnaire (PIDAQ) direcionaram a atenção dos pesquisadores principalmente para a insatisfação por parte dos participantes em ver seus dentes no espelho e de mostra-los nas relações interpessoais, como em sorrisos comuns em conversas do cotidiano com outras pessoas. Além disso, a preocupação com o que outras pessoas pensam a respeito do sorriso das pessoas de ambos os grupos de estudo é grande, ainda mais quando se trata de pessoas do sexo oposto. Dentre as informações coletadas no questionário Oral Health Impact Profile Esthetics (OHIP Esthetics), as que mais se destacaram foram a maior presença de sensibilidade dentária e de áreas dolorosas na cavidade oral em pessoas leigas na área odontológica quando comparadas às pessoas não leigas. Isso pode estar relacionado ao fato de que as pessoas comuns têm menos informações sobre higienização oral e métodos preventivos contra a cárie e outras doenças que são causas comuns de dores na boca. Conclusão: percebe-se, principalmente dentre as pessoas que detêm instrução dentro da área odontológica, que a autopercepção estética em relação aos seus sorrisos não é satisfatória. Os grupos objetos de estudo afirmam que precisam passar por algum tipo de tratamento estético para a melhoria da aparência. Dentre as principais queixas autopercebidas estão dentes mal posicionados e a falta de harmonia subjetiva entre os tecidos bucais (dentes, gengiva, mucosa, etc.). A imagem negativa da autopercepção dos seus sorrisos faz com que essas pessoas evitem mostrá-lo durante interações sociais do cotidiano. |
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