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A capoeira se reinventou durante séculos, e passou a ocupar espaços diversos na
sociedade brasileira, o que possibilitou ser praticada por variados sujeitos,
principalmente, indivíduos vulneráveis, tornando-se uma prática de resistência e de
inclusão. Não é mera coincidência que os programas e projetos estabelecidos pelo
governo e comunidade que trabalham com a educação não formal incluam a capoeira,
tendo em vista, uma grande aceitação e participação dos sujeitos subalternizados pela
sociedade. Com isso, o objetivo deste trabalho é evidenciar um relato de vivências com
e na capoeira ocorridas entre os anos 2011 a 2017 após o contato com essa arte no
projeto PETI executado na cidade de Belém PB. Entendo que essa luta propicia espaço
de socialização, humanização e educação, à medida que transforma a realidade de quem
a pratica. Diante disso, neste trabalho dialoga-se com autores, como: Abib (2004), Adorno
(2017), Alberti (1997), Amaral (2019), Assunção (2019), Conceição (2014), Costa (2007),
Fonseca (2008), Pereira e Leal (2009) Sousa et al. (2010), Thompson (1992), Vieira
(1998) que foram cruciais em oferecer o aporte teórico necessário. Para tanto, na
construção desse trabalho revisito as minhas memórias e pontuo interações com alguns
sujeitos, com lugares e eventos que suscitaram sentimentos de pertencimento e
comunidade. Nesse sentido, as tradições da capoeira ainda resistem ao passo que
revivem entre os próprios capoeiristas, mesmo que de forma desatenta de seu processo
histórico social. O relato que permeia este trabalho é significativo, tendo em vista, que a
sociedade cada vez mais torna os sujeitos individualistas, o que faz com eles esqueçam
e deem pouca ou nenhuma atenção às tradições, memórias e representações da sua
cultura. |
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