Resumo:
Durante o império brasileiro, os loucos da cidade da Parahyba do Norte não possuíam muitos locais para se abrigarem devidamente. Quando não podiam ser dominados por seus parentes em casa, os alienados eram soltos e abandonados pelas ruas da cidade, tornando-se motivo para brincadeiras cruéis de muitos moradores e piada para as crianças que ali residiam. Os loucos que eram considerados incômodos para os cidadãos da urbe e não tinham recursos financeiros para pagarem um tratamento fora do estado – como faziam as classes mais abastadas – se encontravam na Cadeia Pública da Parahyba do Norte, juntamente a presos que haviam cometido os mais diversos crimes. Sem um tratamento médico ou proteção por parte dos governantes, os loucos eram enviados para o hospital da Santa Casa de Misericórdia e posteriormente para o asilo Sant’ Anna, ambos não tinham o espaço e a terapêutica adequada para tratar os chamados alienados, que passavam a viver em situações precárias. Por consequente, este trabalho dispõe a analisar como eram esses espaços e quais os discursos que legitimavam serem esses os únicos ambientes possíveis para os doentes mentais paraibanos. Para discutir sobre loucura, espaços e instituições, diálogos com autores como: Roberto Machado, Michel Foucault e Erving Goffman, foram feitos. Já a respeito da situação dos loucos na Paraíba do período, foi utilizado duas autoras e suas teses, Helmara Junqueira e Gerlane Alves, objetivando uma maior compreensão do período, as ações em questão e os lugares reservados aos doentes mentais ao longo da História paraibana.
Descrição:
MARQUES, M. C. B. Os lugares e discursos reservados para o louco e a loucura na Parahyba do Norte em meados do século XIX. 2022. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2022.