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A história da Nigéria, em virtude do período colonial, é repleta de alterações sociais, políticas
e econômicas, mediante as intervenções dos britânicos. O processo de fusão, finalizado em
1914, refletiu na conjuntura futura do país, ao acentuar as diferenças preexistentes entre as
comunidades durante a junção dos protetorados do Norte, Sul e Lagos. Com isso, os
primeiros seis anos de independência foram marcados por forte regionalismo expressado por
partidos de caráter étnico e religioso, os quais reforçavam a relação divergente entre as
regiões Norte e Sul, de maioria muçulmana e cristã, respectivamente. Em meio a esse cenário
conflituoso entre etnias e religiões almejando o poder, os militares iniciaram, em 1966, um
longo período de golpes e contragolpes militares, que apenas teve fim em 1999 e com uma
nova constituição federal. Esta, ainda vigente, lança o debate acerca do caráter secular ou não
do Estado, ao proibir uma religião estatal pelo governo federal e estados. Dessa forma, ao
considerar que a religião não deve exercer influência ou interferir em questões referentes ao
Estado, questiona-se se seria possível ao país, mesmo com cristãos e muçulmanos
sustentando um cenário conflituoso histórico, em virtude do desejo de ambos os grupos
disseminarem seu poder no Estado. |
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