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A pesquisa apresenta o problema público dos animais comunitários e a nova
abordagem que está sendo paulatinamente implementada para lidar com a questão.
A argumentação é fundamentada em uma perspectiva crítica, que defende a
educação ambiental crítica como tema transversal. Defende-se que este é um
problema localizado em escala local e, por isso, necessita de política pública
municipal, a fim de implementar com efetividade a nova política pública.
Primeiramente, apresenta-se o histórico do problema público dos animais
comunitários no Brasil, que tinha como política pública o recolhimento destes
animais pelas carrocinhas que os encaminhavam para o extermínio nos centros de
controle de zoonoses. Em seguida, apresenta-se a mudança paradigmática, que se
teve com o avanço do debate filosófico acerca dos direitos animais e do tratamento
digno. Contextualiza-se o atual momento de mudança paradigmática, em que a
política pública da carrocinha é proibida e, desta forma, abre-se espaço para uma
nova política pública dos animais comunitários, a adoção comunitária. Defende-se
que o poder público assuma responsabilidade na adoção comunitária, com este
dever imposto pelo dispositivo constitucional que o impele a atuar na preservação da
fauna. Desta forma, o núcleo deste artigo apresenta apontamentos das linhas gerais
da nova política pública que está sendo desenhada. Os resultados apresentam as
soluções públicas propostas: abrigos, comedouros e bebedouros; esterilização e
vacinação; canis e gatis públicos; adoção comunitária; e, como tema transversal, a
educação ambiental; além de uma estrutura pública municipal para gerir a política
pública proposta. Apresenta-se, ainda, como resultado, um mapeamento de algumas
legislações relativas à nova política pública dos animais comunitários no Brasil, a fim
de auxiliar a futura pesquisa de legisladores, gestores e demais interessados no
tema. Utilizou-se metodologia de abordagem qualitativa sob a perspectiva da gestão
e do direito ambiental crítico. |
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