dc.description.abstract |
Este trabalho teve como objetivo geral analisar como as dimensões cognitivas, afetivas e sociais
repercutiram na retomada das aulas presenciais no aprendizado da física. Especificamente,
verificou-se a compreensão dos conteúdos, buscou identificar qual ou quais sentimentos são
abordados, analisou a importância da relação sócio interacional e observou como foi a retomada
das aulas presenciais. Tratou-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa e
quantitativa com procedimento de levantamento de campo, realizado em escola pública no
município de Araruna – Pb. Os participantes foram 54 alunos de turmas de 1°, 2° e 3° do ensino
médio. O instrumento de coleta foi constituído através de questões abertas e fechadas. O
processo de coleta se deu de forma presencial, realizado entre os meses de agosto e setembro
deste. A análise das questões abertas foi realizada através da técnica de análise de conteúdo. As
questões fechadas foram avaliadas através de levantamento de frequência de respostas. Os
principais resultados das perguntas mostraram o seguinte: para 63% dos participantes houve
uma ‘melhora’ no retorno das aulas presenciais. No caso, especificamente da física, 59%
avaliaram como ‘muito bom’. No entanto, quando indagados nesse mesmo contexto, sobre as
dificuldades no aprendizado dessa disciplina 53% alegaram problemas relacionados aos
cálculos, assim como para entender os conteúdos. No que concerne a análise das frequências
de respostas os resultados foram os seguintes: ao observar sobre a compreensão dos conteúdos
da física para 37,03% e 16,67% da frequência de respostas revelaram que ‘quando assistem
aula de física costumam compreender tudo que o professor explica’. Com relação ao sentimento
com relação a disciplina para 22,22% e 16,67% apontaram ‘quase sempre’ e ‘sempre’,
respectivamente, quando o item foi ‘gosto de tudo que é ensinado’; e, sobre a interação e
aprendizado, os dados retrataram que para 68,52% das frequências de respostas ‘compreendem
melhor quando o professor explica’ e 33,33% quando ‘alguém explica’. No entanto, ao
comparar os resultados das entrevistas com as frequências de respostas esses se mostraram
contraditórios. Por exemplo, em sua maioria apontam dificuldades de aprendizagem da física
em suas respostas subjetivas e destacam que compreendem bem os conteúdos, chegando
inclusive a reforçar um gosto pelos conteúdos da física. Como consideração final e em
consonância com os resultados postulados, verificou-se incidência de alguns pontos: acreditase que o impacto mais evidente foi a evasão de alunos. Sobre o aprendizado foi destacado
dificuldades relacionadas com estudo e aprendizado de conteúdos. Embora não podemos
afirmar que isso seja consequência direta do contexto pandêmico e, como foi um estudo de
características diagnóstica, não foi possível apontar com mais assertividade quais das
dimensões impactaram no aprendizado. Acreditamos que ainda é prematuro afirmar que uma
das dimensões afetaram o processo de aprendizagem. Posto isso, indica-se um estudo mais
profundo e específico que objetive identificar dificuldades de aprendizagem neste contexto pós-pandêmico. |
pt_BR |