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O presente artigo visa refletir acerca das interfaces entre a criminalização da
pobreza e o cumprimento de Medidas Socioeducativas. Nesse sentido, tem como
objetivo analisar o perfil dos(as) adolescentes em cumprimento de Medidas
Socioeducativas, relacionando-o à criminalização da pobreza e à desigualdade
social a qual geralmente marca as suas trajetórias de vida, visto que diversos fatores
afetam o contexto social dessa juventude, a exemplo dos jovens advindos da classe
trabalhadora empobrecida que, na maioria das vezes, são de baixa escolaridade e
moradores da periferia, que tornam-se alvo do sistema da justiça, correspondendo
totalmente ao estereótipo sócio-culturalmente criado para criminalizá-los. O nosso
interesse pelo tema surgiu da experiência do campo de estágio, no setor infracional
da Vara da Infância e Juventude de Campina Grande-PB. Trata-se de uma pesquisa
documental e bibliográfica, levando em consideração os dados do último
Levantamento Anual do SINASE. Como resultado da pesquisa, é possível afirmar
que o perfil desses(as) adolescentes, em geral, é predominado pelo gênero
masculino, entre 16 e 17 anos, com raça/etnia bastante diversificada de acordo com
a região, oriundos de famílias grandes e empobrecidas, tendo como responsável
familiar a figura materna, dependente de uma renda salarial baixa e,
consequentemente, com poucas condições para garantir o básico. |
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