Avaliação da acessibilidade em uma edificação: estudo de caso em uma loja de calçados

Abstract

Todo cidadão tem o direito de ir e vir livremente, mas uma parcela da população por muitas vezes é esquecida, são os portadores de mobilidade reduzida e os deficientes físicos. Segundo dados do IBGE, divulgados no censo 2010, 24% da população brasileira se encontra na situação de mobilidade reduzida, ainda segundo o mesmo órgão essa classe de pessoas demonstra ser economicamente ativa. Pensando nisso, o objetivo desse estudo foi analisar a acessibilidade em um ambiente comercial por meio de uma avaliação de acessibilidade em uma edificação comercial. Essa verificação foi feita com base no que determina a NBR 9050:2020. Os itens avaliados nos ambientes da edificação foram a calçada, considerando largura e existência de possíveis desníveis; circulação interna, considerando-se sinalização e existência de possíveis bloqueios que possam dificultar o livre tráfego; esquadrias, principalmente tamanho e facilidade em acessá-las; vestiários, considerando-se o seu tamanho e facilidade em usá-lo e mobiliário, especialmente o bebedouro e balcão de atendimento. A metodologia foi composta pelas seguintes etapas: coleta de informações in loco e elaboração e preenchimento da ficha de avaliação de acessibilidade. Foram propostas algumas intervenções de acordo com os parâmetros da NBR 9050:2020 e da cartilha de acessibilidade do Conselho Regional de Engenharia-RN em parceria com o Ministério Público do Rio Grande do Norte. Para saber o nível de acessibilidade que se encontrava a edificação foram usados cálculos matemáticos referendados pelo índice de acessibilidade (I.A.), Foi possível observar que a edificação se encontrava no estado semi-acessível e que atendia parcialmente aos requisitos da norma. O trabalho também prevê que devem ser feitas algumas modificações nos ambientes para que se adequem à norma, como no caso da calçada, onde deve ser implantado o piso tátil tanto de alerta como direcional. Percebeu-se que as pessoas com necessidades especiais podem ter autonomia nesse local, mas os resultados também mostram que as condições de acessibilidade podem avançar.