Resumo:
As ações de controle da dengue estão baseadas na utilização de alguns inseticidas, entre esses o temefós. O mesmo é altamente prejudicial à saúde humana e ambiental. Além disso, já foi detectado resistência do mosquito ao temefós em várias unidades Federativas. Conforme o exposto se faz necessário a descoberta de alternativas no controle do A. aegypti. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial larvicida da Operculina hamiltonii (G. DON) D. F. Austin & Staples (1983) sobre larvas de Aedes aegypti. O experimento foi desenvolvido no laboratório de entomologia da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses do município de João Pessoa – PB. O material botânico foi coletado na Fazenda Experimental Lameirão do Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) no Município de Patos – PB. Da Operculina hamiltonii (G. DON) D. F. Austin & Staples (1983) foi selecionado o tubérculo, que posteriormente foi fragmentado. Em seguida os fragmentos foram submetidos à secagem em estufa de ventilação forçada a 40° por 72 horas. Após esse processo, os fragmentos do tubérculo foram triturados e acondicionados em reservatórios estéreis de cor âmbar. Para a obtenção do extrato aquoso foi utilizado a metodologia indicada por CRUZ. As concentrações utilizadas foram 20, 10, 5, 2,5 e 1,25%. No controle positivo foi utilizado o temefós a 1% e no controle negativo água destilada. Foram utilizadas 210 larvas de Aedes aegypti com 01 dia de vida, distribuídas em 21 placas de petri. Posteriormente foram feitas três leituras: 24h, 48h e 72h. Na primeira leitura, as concentrações de 20% e 10% já haviam eliminado todas as larvas. Porém, observou-se que conforme a diminuição das concentrações, uma quantidade maior de larvas sobrevivia. A Operculina hamiltonii (G. DON) D. F. Austin & Staples (1983) apresenta ação larvicida contra larvas do mosquito Aedes aegypti nas concentrações de 20% e 10% na forma de extrato aquoso, sendo uma alternativa viável no controle populacional do vetor da dengue. As concentrações abaixo de 5% são ineficazes para o controle biológico das larvas de Aedes aegypti necessitando um tempo de exposição superior a 48 horas.
Descrição:
LEITE, Andréa Amorim. Avaliação do potencial larvicida da Operculina hamiltonii (G. DON) D. F. Austin & Staples (1983) no controle populacional do vetor da dengue, Aedes aegypti (Linnaeus, 1762). 2011. 36f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2011.