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Face a alguns aspectos da sua história de vida, que incluem a fidelidade ao parceiro,
cuidado parental, baixa mobilidade, distribuição em manchas, pequenas áreas vitais,
baixa fecundidade e associação direta com seus habitats, os cavalos-marinhos (gênero
Hippocampus) são particularmente suscetíveis à sobrexploração e/ou degradação
ambiental que atualmente incide sobre suas populações, demandando uma avaliação
continuada das populações desses peixes. O presente estudo teve como foco reavaliar os
parâmetros populacionais, biológicos e de uso de habitat por Hippocampus reidi no
estuário de Itapessoca, no estado de Pernambuco, após 12 anos do primeiro estudo
realizado na área. Foram realizadas amostragens mensais, realizadas de janeiro de 2019
a fevereiro de 2020, utilizando transectos lineares fixos (50 x 2m), a fim de comparar com
dados de 2006/2007. Foram registrados 115 cavalos-marinhos, sendo a maioria adultos
(89%). Foi verificada uma razão sexual geral de 0,79:1 (macho:fêmea). A altura média
registrada foi 13 ± 1,1 cm, machos e fêmeas apresentando alturas semelhantes. A
distribuição de H. reidi seguiu um padrão em manchas, com densidades variando de 0 a
0,02 indivíduos/m². Quando comparados os oitos pontos de amostragem entre os períodos
analisados, dois não tiveram registros de cavalos-marinhos, quatro apresentaram declínio,
e apenas um teve aumento na densidade populacional. Hippocampus reidi exibiu
preferência por três tipos de habitats, sendo dois considerados naturais (macroalgas e
galhos de mangue caídos) e um artificial (estacas de madeira). |
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