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Dentre os fatores que geraram um aprofundamento das relações interestatais, o fenômeno da
globalização levou à criação de desafios na politização de determinados assuntos. O termo “governança
global”, delineado para definir esse processo que até então era desconhecido pela sociedade
internacional, apresenta interpretações distintas e, no presente trabalho, serão analisadas aquelas
apontadas pelo mainstream das teorias de Relações Internacionais. De um lado, os neoliberais, que
consideram também a centralidade de outros atores internacionais que não apenas os Estados, vêem a
cooperação como a melhor forma de alcançar os resultados esperados. Pode-se ainda apontar variações,
como a crença de que para alcançar certo nível de controle sobre os problemas internacionais é preciso
democratizar o espaço social, ou transformá-lo em um ambiente federativo. Em oposição, os
neorrealistas, das mais diversas matizes, afirmam que é preciso basear-se principalmente nas
capacidades dos Estados e na sua estratégia de sobrevivência para que se possa ponderar a viabilidade
de qualquer sistema que esteja em consonância com os preceitos da governança global. A partir destas
perspectivas, analisar-se-á a posição dos Estados Unidos quanto pertencente dentro do sistema de
governança global em relação às dimensões políticas, sociais e militares relacionadas ao prisioneiros de
guerra, no recorte temporal governo Bush no pós 11 de setembro de 2001, como será ilustrado no
estudo de caso. A partir do desenrolar destas idéias, busca-se uma reflexão sobre se teriam os Estados
Unidos, depois dos ataques ao World Trade Center, adotado uma visão mais neorealista da sua política
externa militar e social que abandonava os preceitos da cooperação e da governança global. |
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