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A representatividade da comunidade LGBTQIA+ no audiovisual é marcada por muitos empecilhos. Como exemplos, temos o rastreamento pela censura nas últimas décadas do século XX, a invisibilidade através de papéis secundários, o desenvolvimento precário de personagens e suas respectivas identidades sexuais, as padronizações de abordagens dentro das tramas que reforçam estereótipos. De fato, a tentativa de representar pessoas LGBTQIA+ no audiovisual é carregada de raízes problemáticas, no entanto, nos últimos anos esse foi um espaço que, com muita luta, possibilitou uma atenção maior a essas vozes que anseiam por representatividade. Nesse sentido, o presente trabalho visa analisar a forma como a série Heartstopper (2022) representa personagens gays, lésbicas, bissexuais e transexuais que estão presentes na série e como essa abordagem rompe com as padronizações narrativas existentes em outras produções televisivas, iremos analisar cinco personagens divididos em quatro tópicos. A partir de discussões sobre a importância da identidade e representatividade LGBTQIA+, analisamos os cinco personagens sendo um tópico para cada uma das letras da sigla (LGBT) com o foco em destacar o desenvolvimento desses personagens que demonstram um tratamento diferente relacionado a esse histórico problemático no audiovisual. Após a análise, vimos que Heartstopper consegue subverter abordagens tradicionalmente usadas quando se trata de personagens LGBTQIA+ na ficção, se aprofundando em enredos e questões pertinentes para a comunidade. |
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