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A variação temporal do fitoplâncton é controlada por vários fatores. As flutuações espaciais e temporais na comunidade fitoplanctônica, podem ser indicadores eficientes das alterações naturais ou antrópicas nos sistemas aquáticos. O presente trabalho teve como objetivo monitorar a comunidade fitoplanctônica, bem como, analisar a sucessão de algas da lagoa Sólon de Lucena, na cidade de João Pessoa, PB. Foram realizadas coletas quinzenais na subsuperfície da água, iniciadas em set/09, perfazendo um ciclo de um ano. As amostras de fitoplâncton foram fixadas com formol, identificadas e quantificadas em microscopia óptica. Concomitantemente, foram medidos em in situ dados de temperatura da água, transparência da água e profundidade. Além destes parâmetros dados de temperatura do ar, velocidade do vento, radiação solar e precipitação pluviométrica foram obtidos do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. A composição florística do fitoplâncton foi de 24 táxons, distribuídos em três divisões: Chlorophyta (14 spp.), Cyanophyta (9 spp.) e Bacillariophyta (1 spp.). A densidade fitoplanctônica variou de 28681 ind.mL-1 (21/Ab/2010) a 139722 ind.mL-1 (16/De/2009). Chlorophyta foi o grupo algal de maior destaque, tendo mais de 90% de predominância de todas as amostras. Sua densidade variou de 16875 ind.mL-1 (21/Ab/2010) a 86944 ind.mL-1 (16/De/2009). Cyanophyta também registrou densidades altas variando de 10833 ind.mL-1 (10/Mr/2010) a 59444 ind.mL-1 (30/De/2009). A ocorrência de Bacillariophyta só foi registrada em junho, julho, setembro e outubro com densidades inferiores a 8000 ind.mL-1. Os coeficientes canônicos mostraram que a profundidade e a temperatura foram as variáveis de maior peso na ocorrência das espécies e na distribuição das unidades amostrais. A dominância das Chlorophyta foi favorecida pelas temperaturas elevadas do ecossistema estudado. Assim, a profundidade e a temperatura da água foram os fatores interferentes na sucessão das algas na Lagoa Sólon de Lucena. |
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