Os microestados europeus e a integração regional: uma análise do comportamento microestatal à luz do desenvolvimento do regionalismo na Europa

Abstract

Definida como a dinâmica do regionalismo em que o componente supranacional se torna mais explícito, a integração regional é caracterizada pelo crescimento de interações entre os Estados, pelo aumento do número de políticas regionais coordenadas e pela construção de instituições supranacionais. Nesse sentido, o continente europeu e, mais precisamente, a União Europeia, destacam-se como exemplos ímpares a nível mundial da consolidação do regionalismo e do aprimoramento desse processo a nível regional nas áreas política, econômica, militar e social. Dessa forma, ressalta-se o comportamento único dos chamados microestados europeus - Andorra, Liechtenstein, Mônaco e San Marino - em relação ao seu envolvimento não apenas com a UE, mas com o próprio fenômeno da integração europeia. Sendo por si só estruturas singulares, esses pequenos Estados são também marcados por dinâmicas político-econômicas e socioculturais próprias onde os custos de soberania e a perda das identidades nacionais representam as maiores ameaças. A partir disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar como os microestados europeus se comportam frente o regionalismo europeu e entender quais as motivações por trás da postura desses países.