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Esta pesquisa tem o intuito de analisar a teogamia da faraó Hatshepsut, como meio de legitimar sua ascensão ao trono egípcio durante a XVIII Dinastia do Egito Antigo. Hatshepsut foi uma princesa, rainha e inclusive faraó, que apesar de destacar-se entre as demais que chegaram ao mesmo posto, ainda tem a sua história de vida pouco contada e um reduzido número de fontes sobre seu reinado, se comparado aos estudos sobre os faraós masculinos, principalmente, na historiografia brasileira. Sabe-se que as mulheres na antiguidade egípcia tiveram certa autonomia, liberdade e poder na sociedade, sendo Hatshepsut uma dessas mulheres e que teve um governo próspero no referido período. Diante das diversas obras arquitetônicas do seu tempo de reinado, podemos encontrar em uma delas a narrativa denominada teogamia, ainda hoje registrada nas paredes do templo da faraó: Djeser-Djeseru “Maravilha das Maravilhas”, em Deir El-Bahari, localizado na antiga Tebas. Esta que teria se tornado base de alguns estudos e análises discutidas por historiadores e egiptólogos, sobretudo, europeus no último século. No entanto, essa análise parte de pesquisas brasileiras ou traduzidas para o português. Escolhemos três dessas pesquisas historiográficas para estudo, problematizando desde como os autores apresentaram e desenvolveram suas pesquisas, até a narrativa em si, dando ênfase também em como o contexto e lugar social dos historiadores influenciaram ou não na sua escrita e análise documental sobre a temática, especialmente, sobre a faraó em questão. |
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