Avaliação do conhecimento e condutas dos acadêmicos de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba – Campus VIII frente a pacientes HIV positivos

Abstract

Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma condição causada por um retrovírus, o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). A recusa no atendimento odontológico continua sendo um problema comum, o que resulta na dificuldade de integrar essas pessoas nos serviços de saúde. Os estudantes do curso de Odontologia como futuros profissionais da área de saúde, têm o dever e responsabilidade de adquirir capacitação suficiente para oferecer um atendimento de maior qualidade e segurança aos portadores do HIV. Objetivo: Avaliar o conhecimento e as condutas dos acadêmicos de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba - Campus VIII frente a pacientes HIV positivos. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, analítico, do tipo transversal, com análise estatística descritiva e quantitativa. A amostra foi composta por estudantes de Odontologia entre o 5º e o 9º período. A coleta dos dados foi realizada por meio de um questionário composto por 23 questões objetivas. Resultados e discussão: A amostra total de participantes da pesquisa foi de 90 estudantes, 66,7% do sexo feminino, cuja média de idade foi de 23 anos. Em relação a epidemiologia da AIDS, a maioria dos alunos não sabiam responder. 46,7% dos estudantes associaram a candidíase oral como a manifestação estomatológica mais frequente. 42,2% não sabiam responder qual a neoplasia maligna mais frequente. 48,9% dos alunos não sabiam da possibilidade de ocorrer xerostomia, hipossalivação e aumento do volume das glândulas salivares maiores. 83,3% dos alunos afirmaram que tratam todos os pacientes como potencialmente infectados. Somente 13% dos estudantes atribuíram nota 10 ao conhecimento recebido sobre o HIV e a AIDS durante a formação. A maioria dos alunos afirmaram que não se sentem preparados para diagnosticar lesões bucais e realizar procedimentos cruentos em pacientes soropositivos, com 60% e 58,9%, respectivamente. Conclusão: Os acadêmicos demonstraram um conhecimento insatisfatório em relação às manifestações estomatológicas orais. Todavia, em relação ao controle de infecção, ao risco de exposição profissional e às obrigações dos Cirurgiões-Dentistas, os resultados foram satisfatórios.