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O presente artigo tem por objetivo, analisar a situação em que se encontrava o Sistema de Saúde Pública na Paraíba, no início do século XX; Discutir as principais causas de doenças que levaram as mulheres paraibanas a morte, no início do século XX e problematizar a questão do aprisionamento de mulheres que foram consideradas loucas, no mesmo recorte temporal. As investigações das problemáticas discutidas nesta pesquisa se deram a partir do corpus documental de periódicos impressos, tais como, o jornal A União e o jornal O Norte, além das revistas do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba e a revista Era Nova que também contribuíram para a construção deste trabalho, juntamente com a análise de documentos oficias, como as Mensagens de Presidente de Estado e Decretos Oficiais, afim de encontrar fragmentos do Sistema de Saúde Pública, da saúde, da morte e da loucura feminina. O presente estudo se fundamentou através de várias e ricas fontes teóricas, entre elas estão autores como Burke (2008); Sá (1999) que em sua tese problematiza os primórdios do Serviço de Higiene Pública da Paraíba; as obras de Castro (1945) e Almeida (1923) que trazem discussões acerca das práticas e problemas de saúde na Paraíba; a tese de Araújo (2016) e a sua discussão acerca das institucionalizações dos serviços de saúde e higiene da Paraíba; os trabalhos de Araújo e Meneses (2019; 2020) que dão embasamento à esta pesquisa no campo da história da loucura juntamente com Foucault (2009). Através deste artigo podemos perceber a atuação praticamente nula do principal Serviço de Saúde Pública deste Estado, bem como, a falta de assistência prestada as mulheres que perderam suas vidas ainda muito jovens acometidas por doenças e, as práticas do Estado de exclusão, de silenciamento e de aprisionamento das mulheres rotuladas de “loucas”. Acredito que, as questões discutidas neste trabalho lançam luz a reflexões necessárias no campo historiográfico da loucura, da saúde e das doenças. |
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