Resumo:
Trata-se neste trabalho, do conflito existente em Alcântara envolvendo os quilombolas e o Centro
de Lançamento de Alcântara – CLA (projeto estatal), ampliando nossa análise às diversas
Organizações não Governamentais (ONGs) nacionais e internacionais, à classe latifundiária
brasileira e aos diversos países que estão de alguma maneira interessados no projeto. Levando-se
em consideração os diversos atores que podem influenciar o Estado, a presente pesquisa se embasa
teoricamente nas análises de Robert Putnam, onde o autor explica que muitas negociações
internacionais podem ser concebidas como jogos de dois níveis, ou seja, entre atores do nível
nacional e do nível internacional. Assim, busca-se apresentar de que forma as pressões externas e
domesticas podem estar influenciando as decisões do Estado Brasileiro no que diz respeito à
manutenção do CLA e a não efetivação da entrega dos títulos das terras aos quilombolas de
Alcântara, partindo do método histórico onde os acontecimentos, processos e instituições
estruturados no passado possibilitam verificar suas influências no encaminhamento da questão
quilombola e do CLA no presente. Dessa forma, objetiva-se descrever e caracterizar a natureza dos
acordos, decretos e remanejamentos mais relevantes ocorridos no conflito em Alcântara, onde se
conclui que o Brasil poderia ter mais liberdade para negociar no setor aeroespacial e ao mesmo
tempo cumprir com suas obrigações perante sua Carta Constitucional e os Direitos Humanos
Universais, o que atualmente parece ser um desafio ao Estado brasileiro.
Descrição:
NASCIMENTO, Emmylyne Chistine do. Política aeroespacial do Estado brasileiro (1982-2010): a
Base Espacial de Alcântara e as comunidades quilombolas. 2010. 63f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais)- Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2010.