Abordagem inicial de fratura patológica em mandíbula associada a osteorradionecrose: Relato de caso.

Abstract

Introdução: A osteorradionecrose é uma das piores complicações causadas pelo tratamento de radioterapia, podendo ocasionar uma fratura patológica. Acomete em grande maioria pacientes com idade superior a 55 anos, com maior prevalência na região de mandíbula. Objetivo: Relatar a conduta clínica-cirúrgica de um paciente com fratura patológica em região de mandíbula em decorrência da osteorradionecrose. Relato de Caso: Paciente J.E.P, sexo masculino, 75 anos de idade, melanoderma, foi encaminhado ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, após diagnóstico de fratura patológica de mandíbula, ao exame clínico observou-se desvio mandibular para direita e mobilidade óssea em região de corpo direito de mandíbula, associada a fístula inativa em região submandibular. Foram realizadas sessões de oxigenoterapia hiperbárica pré e pós operatória, associada ao protocolo PENTO. Paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico sob anestesia geral para debridamento e fixação da fratura, apresentando após alguns dias deiscência da ferida cirúrgica e exposição da placa, paciente foi submetido a nova cirurgia para debridamento e remoção do material de osteossíntese, associada a zetaplastia. Discussão: O paciente se enquadra no perfil epidemiológico em idade e prevalência. Paciente não obteve resultado satisfatório com a oxigenoterapia hiperbárica e o protocolo PENTO, corroborando com o que diz a literatura sobre a oxigenoterapia hiperbárica e se contrapondo sobre a terapia medicamentosa. Conclusão: O paciente não obteve um resultado satisfatório. Por se tratar de uma complicação grave e de difícil tratamento a melhor conduta é a prevenção e acompanhamento dos pacientes submetidos a radioterapia, evitando assim uma evolução para a osteorradionecrose.

Palavras-chave: Osteorradionecrose; Radioterapia; Fratura patológica.