Ciência aberta e dados de pesquisa em Arquivologia: uma análise a partir das pessoas editoras científicas

Abstract

A constituição da Arquivologia como campo científico autônomo e em expansão no Brasil ganha gradativamente notoriedade com o avanço e incremento dos agentes pesquisadores e os produtos de suas investigações que, conta como produtores de conhecimento um número crescente de pesquisadores sêniores, estudantes de pós-graduação, profissionais e graduandos que possuem como formação o Bacharelado em Arquivologia. Os produtos do conhecimento científico que se inscrevem no campo de estudos sobre os arquivos são ainda socialmente aplicados e multidisciplinares, assim como possuem canais formais para sua difusão como: material bibliográfico, bases de dados, repositórios e revistas científicas. O presente estudo parte da premissa de que uma vasta gama de dados anteriores ao produto publicizado em meios de editoração e divulgação científica nos estudos em Arquivologia não é acessível como preza a Ciência Aberta, o que prejudica desde a validação de informações sintetizadas em resultados, assim como deixam de contribuir com o encurtamento de etapas similares realizadas por outros pesquisadores acerca de objetos de estudo congêneres. Como objetivo geral, a pesquisa em tela visa realizar uma análise acerca dos dados científicos na Arquivologia a partir das pessoas editoras científicas na área. A pesquisa é tipificada como exploratória-descritiva de abordagem qualitativa para análise dos dados que foram coletados por meio de um questionário eletrônico dirigido a editores(as) de revistas no Brasil cujo escopo científico é claramente a Arquivologia. Como resultados são discutidas as impressões dos(as) editores(as) de revistas científicas em Arquivologia que indicam sobre outros aspectos a ausência de transparência de dados de pesquisa sobre muitos textos submetidos e que chegam a ser publicados. Conclui-se que o compartilhamento e visibilidade de dados de pesquisa sobre as investigações em Arquivologia, caso faça parte de uma agenda científica, podem contribuir significativamente para a validação de resultados apresentados, aprimoramento de instrumentos e metodologias, assim como promover o intercâmbio de saberes entre cientistas.