dc.description.abstract |
O objetivo deste trabalho é analisar quais são os impasses políticos da adesão turca à União
Europeia (UE), pois o país é um dos casos mais complexos para a política de alargamento do
bloco na contemporaneidade. Envolvido com a integração no continente desde a década de
1960, a Turquia tenta, desde então, tornar-se membro efetivo da UE. No entanto, devido às
condições impostas pela União para que novos membros sejam aceitos, os chamados Critérios
de Copenhagen, o país enfrenta uma forte pressão para se ajustar aos padrões europeus,
sobretudo os políticos, o que é motivo de atraso para sua adesão formal ao bloco. Dessa
maneira, no que se refere à metodologia, a pesquisa é qualitativa e utiliza como ferramenta o
estudo de caso, que permite descrever, explicar e pormenorizar fenômenos complexos, com
uma gama de variáveis e diversos atores envolvidos, como é o caso da relação entre a Turquia
e a UE. Nesse cenário, o presente trabalho visa, primeiramente, entender como se dá a
complexa política de alargamento da UE, considerada principal ferramenta de política externa
do bloco, para, em seguida, analisar como se deu a construção da relação entre a União e a
Turquia, delineando os principais empasses políticos durante essa trajetória e identificando
como eles são fonte de explicação para o atraso na adesão turca. Assim sendo, verificou-se,
entre outros aspectos, que as questões da falta de independência entre os poderes na Turquia,
as contínuas violações aos direitos humanos e ao Estado de Direito e a falta de transparência
na administração pública são alguns dos impasses políticos enfrentados pelo país face à sua
adesão à UE. |
pt_BR |