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A saúde periodontal em idosos, além das particularidades inerentes à idade, pode ser influenciada por vários fatores, incluindo hábitos e atitude em saúde bucal, condições sistêmicas, uso de medicamentos e fatores socioeconômicos. Este estudo transversal, observacional e descritivo das condições de saúde periodontal em relação a fatores socioeconômicos, hábitos e atitudes em saúde bucal de uma população de idosos no estado da Paraíba. Mediante preenchimento de um formulário foram coletados dados sociodemográficos, hábitos e atitudes em saúde bucal e através de exame clínico bucal, utilizando os índices de placa visível (IPV) e de sangramento gengival (ISG) foi realizada análise da condição dos tecidos periodontais. A análise de dados ocorreu mediante estatística descritiva e inferencial usando os testes Qui-quadrado de Pearson ou Teste exato de Fisher a um nível de significância de 5%. Foram avaliados(as) 220 idosos(as) com predominância as mulheres (n=147 – 66%) predominância de pessoas entre 66 a 80 anos de idade (n=107 – 48,2%), com baixo nível de escolaridade (n=171 – 77,6%), sem renda/baixa renda pessoal (n=143 – 64,7%) e moderada renda familiar (169 – 76,7%). A maioria da amostra relatou frequência de escovação duas vezes ao dia (n=96 – 43,6%), nunca utilizava fio dental (n=184 – 83,6%) e nunca tinha utilizado antisséptico bucal (n=138 – 62,7%) baixa frequência de consultas odontológicas (n=177 – 80,2%). Predominou o alto Índice de Placa Visível (IPV) (n=62 – 53,4%) e alto índice de sangramento gengival (ISG) (n=69 – 59,5%). Toda a amostra de pacientes com dentes naturais exibiu algum grau de gengivite, variando de leve a moderada/severa. Houve associação estatisticamente significativa entre a ocorrência de inflamação gengival e a renda mensal pessoal (p = 0.006), com destaque para pessoas idosas sem/baixa renda pessoal sem ou com baixa renda pessoal (n=202 – 92%). Conclui-se que os deficientes hábitos e atitudes em saúde bucal, baixa frequência de consultas odontológicas e o baixo poder aquisitivo parecem ter influência na ocorrência e ou severidade de gengivite na amostra avaliada. Considerando os agravos à saúde sistêmica que podem ser associados a essa doença, destaca-se a necessidade de implementar ou intensificar ações educativa, preventivas e de manejo na população idosa, visando contribuir com sua qualidade de saúde bucal e geral. |
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