Resumo:
A autopercepção é definida como o conceito que uma pessoa tem de si mesma como um todo, sendo essas percepções formuladas a partir de suas próprias experiências e influências do meio social. Os dentes anteriores são um componente estético chave do sorriso, sendo formato e tamanho destes dentes fundamental neste processo. Para que o profissional conduza um tratamento de maneira eficiente, é primordial o entendimento da autopercepção do indivíduo, da sua expectativa e os parâmetros clínicos normativos conhecidos. O presente estudo se propôs a avaliar e comparar a autopercepção estética e as características clínicas relacionadas aos incisivos centrais da maxila. Um estudo quantitativo de corte transversal foi conduzido na clínica-escola do campus VIII da UEPB com 20 estudantes universitários escolhidos baseando-se em critérios de inclusão e exclusão. Os participantes foram submetidos aos questionários PIDAQ, OHIP e socioeconômico, destinados a investigar o efeito psicossocial da estética dentária, a percepção da estética e a relação entre o desejo de alteração estética e sua condição socioeconômica. Em seguida, passaram por uma avaliação clínica focada nas características estéticas dos incisivos centrais superiores, incluindo a análise das proporções e formatos dos dentes, bem como da linha do sorriso. Os dados foram organizados e analisados por meio de cálculos de distribuição absoluta, percentual e posteriormente foram categorizados quantitativamente. Observou-se uma disposição maior do público feminino (95%) em participar da pesquisa do que masculino (5%), com faixa etária entre 20 a 23 anos (50%), 23 a 26 (30%), 26 a 30 (5%) e 30 a 35 anos (15%), com 60% relatando a autopercepção de necessidade de correção do sorriso. Demonstraram falta de orgulho com os seus dentes (35%), insatisfação em ver no espelho (25%), além da indiferença quanto a satisfação com seus dentes (45%), a vontade que eles tivessem uma aparência melhor (35%), a presença de sensibilidade dentária (30%) e o constrangimento (25%) e o desconforto (15%) com a aparência dos seus dentes. Já com relação a renda mensal, as pessoas com até 4 salários mínimos apresentavam satisfação com o sorriso (44,4%), indiferença (33,3%) e insatisfação (22,2%) mas, mesmo assim, também autorrelataram a necessidade de correção (77,8%). A média da proporção entre largura e comprimento foi de 89% para a UD 11 e 88% para a UD 21. Com relação a linha do sorriso, 14 (70%) indivíduos, apresentou a linha média, 4 (20%) participantes exibiram uma linha alta e apenas 2 (10%) participantes foram identificados com linha baixa. Pôde-se concluir que a autopercepção estética positiva em relação aos seus sorrisos não é agradável. Observou-se que muitos participantes demonstram falta de orgulho em relação aos seus sorrisos e insatisfação ao se olharem no espelho, expressando a necessidade de correção. No entanto, apesar dessa insatisfação, a maioria dos participantes não relatou dificuldades nas atividades diárias. Aqueles com maior renda tendem a se considerar satisfeitos com seus sorrisos atuais, embora reconheçam a necessidade de melhorias. Em relação às proporções dentárias, mais de 60% dos incisivos centrais não estão dentro dos padrões estéticos, evidenciando a insatisfação dos participantes com seus sorrisos.
Descrição:
Ferreira, Myllenna S. Comparação entre percepção estética e características clínicas relacionadas aos incisivos centrais maxilares em estudantes universitários Paraíbanos, campus, VIII UEPB. 2024. 58f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Araruna PB, 2024.