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O Realismo Periférico (RP) é uma teoria de política externa para os Estados do Sul Global? E como o Brasil, um país que é caracterizado periférico por Carlos Escudé, consegue se projetar internacionalmente por meio da agenda ambiental?. Para responder a tais perguntas, será utilizado o RP de Carlos Escudé (1992, 1995), que se destaca por (1) reconhecer a anarquia apenas entre os membros com poder de veto do CSNU (China, Estados Unidos, França, Grã Bretanha e Rússia) e a Alemanha (balizador econômico da UE), enquanto entre os demais, periféricos, a hierarquia impera e (2) dividir os Estados em três classes: os que fazem as regras (rule-makers), os que obedecem (rule-takers) e os que se rebelam a elas (rule-breakers). É uma pesquisa teórica e de estudo de caso, de caráter bibliográfico, documental e qualitativo, que se utiliza da revisão sistemática da literatura (RSL) para a discussão e analisa os discursos do presidente Lula nos anos de 2009 e 2023 nos fóruns multilaterais da COP (15 e 28) no estudo de caso. Ao analisar as demandas do Brasil na área ambiental sob a ótica do RP, espera-se que, diante dos constrangimentos internacionais impostos pelo RP a um Estado fraco, o Brasil instrumentalize a temática ambiental de modo a intensificar sua participação nestes espaços, ocupando uma posição de protagonismo nesta agenda, ao mesmo tempo em que abandona sua postura defensiva. A hipótese a ser testada aqui é que o Brasil, enquanto país periférico, utilizou a temática ambiental para alçar à posição de rule maker dentro do sistema internacional. |
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