Resumo:
A diabetes mellitus (DM) configura-se como uma patologia com alto potencial de mortalidade, visto que leva ao desenvolvimento de diversos distúrbios metabólicos em decorrência da presença da hiperglicemia. A elevação da glicemia sanguínea acarreta em prejuízos ao indivíduo, como a dificuldade de cicatrização, sobretudo na realização de cirurgias mais invasivas, como a cirurgia maxilofacial. O objetivo do presente estudo foi abordar acerca da cicatrização deficiente nas cirurgias maxilofaciais em pacientes diabéticos. Para alcançar o objetivo proposto foi realizada uma revisão bibliográfica do tipo narrativa com abordagem qualitativa exploratória, no qual foram realizadas buscas de artigos científicos por meio da Scientific Electronic Library Online (Scielo), Pubmed, Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e periódicos capes. Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Diabetes Mellitus; Complicações do Diabetes; Procedimentos Cirúrgicos Ortognáticos; Cicatrização Traumatismos Maxilofaciais, combinados por meio do operador booleano “AND”. O DM gera uma grande redução na expectativa e qualidade de vida, posto que pode ocasionar alterações a nível agudo e crônico. Pacientes com diabetes e controle glicêmico inadequado por apresentar diversos sinais e sintomas decorrentes da patologia, sendo assim, estima-se que 3 a 4% dos adultos que procuram tratamento odontológico são diabéticos, e muitos desconhecem ter a doença. Dentre os procedimentos realizados pelo cirurgião-dentista, encontram-se as cirurgias maxilofaciais ou bucomaxilofacial, que abrangem tantos distúrbios funcionais, estéticos e tumorais. Dessa forma o cirurgião-dentista deve proteger estruturas nobres como os dentes, nervos e ossos, com a finalidade de garantir resultados estéticos e funcionais. Assim, pacientes diabéticos que são submetidos a esse tipo de cirurgia podem apresentar um maior retardo na cicatrização tecidual, além do surgimento de feridas, a qual está associada a um descontrole metabólico. O atraso na cicatrização pode levar ao surgimento de uma infecção secundária relacionada a aspectos como a microangiopatia, a neuropatia e a redução do funcionamento dos neutrófilos. Concluiu-se que pacientes diabéticos apresentam um déficit na cicatrização, sobretudo em cirurgias invasivas, como as cirurgias maxilofaciais, visto que, os processos de mecanismos reduzidos que levam a essa problemática estão relacionadas tanto na resposta inflamatória deficiente, assim como na resposta proliferativa reduzida e por fim em uma remodelagem não adequada.
Descrição:
LYRA, Adriell Geyvison Pascoal de Carvalho . Cicatrização Deficiente nas Cirurgias Maxilofaciais em Pacientes Diabéticos. 2022. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia). Universidade Estadual da Paraíba, Araruna PB 2022.