Resumo:
Introdução: Dentro do ambiente odontológico há diversos estímulos visuais, auditivos, que podem desencadear respostas naturais do organismo, como o medo e a ansiedade. Na Odontopediatria esses sentimentos são frequentes, devido ao processo de formação intelectual e comportamental da criança, portanto o cirurgião-dentista necessita do conhecimento das técnicas de manejo comportamental para estabelecer segurança e confiança durante os procedimentos e concluir o atendimento odontológico infantil com êxito. Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento de graduandos em Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba-campus VIII, acerca das técnicas de manejo comportamental em Odontopediatria. Metodologia: O presente estudo é do tipo transversal e possui um método de análise quantitativo-qualitativo. Os dados foram coletados através da aplicação de um questionário estruturado, contendo 27 questões sobre o conhecimento e aplicação das técnicas de manejo comportamental em Odontopediatria. A amostra foi composta por 12 estudantes (15,2%) do sétimo período, os quais estavam cursando a disciplina de Odontopediatria pré-clínica e 67 estudantes (84,8%) do oitavo/nono/períodos, que estavam cursando respectivamente as Clínicas da Infância I e II e também do décimo período, os quais já haviam cursado a disciplina teórica e clínica. Os dados obtidos foram analisados no software IBM SPSS versão 25.0, foi analisada a normalidade da distribuição através do teste de Kolmogorov-Smirnorv, a partir disso por se tratar de variáveis categóricas optou-se pela realização do teste não-paramétricos qui-quadrado de Pearson. Resultados e Discussão: Entre os principais achados do estudo, observou-se que os estudantes apresentaram um bom conhecimento sobre as técnicas de manejo comportamental em Odontopediatria, no entanto, ainda se sentem inseguros ao realizar procedimentos mais invasivos, possivelmente devido à limitada experiência clínica. Também foi observado que a maioria dos alunos demonstrou pouco conhecimento sobre a estabilização protetora e a técnica mão-sobre-a-boca. Conclusão: Os graduandos em Odontologia da UEPB-campus VIII demonstraram conhecimento satisfatório sobre as técnicas de manejo comportamental em Odontopediatria, porém apresentaram insegurança ao realizar procedimentos mais invasivos e a estabilização protetora, provavelmente devido à pouca experiência clínica. Além do antes citado, a ausência de interesse por parte de alguns alunos pela Odontopediatria pode contribuir para a falta de engajamento nessas técnicas. Reforçar essas abordagens durante a formação acadêmica é crucial, considerando a relevância da aplicação desses métodos para o sucesso do tratamento odontológico no público infantil.
Descrição:
SOUZA, Sabryna Maria Guilhermino. Técnicas de manejo comportamental em odontopediatria: percepção de estudantes da graduação. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Araruna, 2024.