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A fotopolimerização correta é um dos requisitos básicos para garantir, a longo prazo,
o sucesso clínico do tratamento restaurador. Nesse âmbito, o conhecimento sobre a
irradiância da unidade fotoativadora é um aspecto necessário para alcançar uma
polimerização satisfatória. Comumente, são utilizadas barreiras translúcidas para
proteger a ponta transmissora de luz do aparelho fotopolimerizador na tentativa de
evitar a contaminação cruzada durante o procedimento clínico. Todavia, essas
barreiras influenciam na irradiância. A partir da subpolimerização, falhas clínicas
prematuras podem ocorrer, como fratura da restauração, infiltração marginal e
alterações de cor. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado de
conservação externa e a irradiância emitida pelos fotopolimerizadores da
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) – Campus VIII. O estudo realizado foi do
tipo experimental, caracterizado por um método de amostragem intencional não
probabilístico, com abordagem de análise descritiva e quantitativa dos achados e
utilização de prontuário próprio, adaptado para coleta de dados. A amostra foi
composta por 34 fotopolimerizadores distribuídos nas três clínicas de atendimento e
na pré-clínica da UEPB – Campus VIII. Para a avaliação do estado de conservação
externa dos aparelhos foi realizada uma inspeção macroscópica por dois
pesquisadores treinados para detectar a existência de danos físicos. Posteriormente,
para a avaliação da irradiância emitida pelos fotopolimerizadores foi utilizado um
radiômetro odontológico digital do modelo comercial RD-7 fabricado pela Ecel. Os
dados das mensurações foram submetidos a análise pelo programa estatístico
Statistical Package for Social Sciences (SPSS®
Inc., Chicago, USA) versão 22.0. O
valor mínimo de irradiância aceitável adotado nesta pesquisa foi de 400mW/cm². A
análise descritiva da pesquisa apontou a existência de danos físicos em 22
fotopolimerizadores (50%) de um total de 44 aparelhos (100%) examinados
macroscopicamente. O teste de análise de variância (ANOVA) de uma via (fator
métodos de proteção) com o teste post-hoc de Tukey com nível de significância
fixado em 5% constatou que nenhum método diferiu do outro em relação aos
fotopolimerizadores de cada clínica (p>0,05). A análise de variância (ANOVA) de
uma via com o teste post-hoc de LSD (least significant difference) foi realizada para
obter uma comparação dos fotopolimerizadores das clínicas da UEPB,
desconsiderando a clínica avaliada e como resultado foi constatado que os
fotopolimerizadores do grupo “após limpeza (álcool 70%)” apresentaram o maior
valor da média de irradiância, sendo diferente estatisticamente em relação aos dos
grupos “1ª camada de PVC” e “2ª camada de PVC” (p<0,02). Já os demais grupos
não diferiram em relação a todos os grupos avaliados. Foi possível concluir que mais
precauções devem ser tomadas pelos estudantes para estabelecer uma melhor
conservação externa dos fotopolimerizadores, além de que a higienização das
ponteiras com álcool 70% pode ser benéfica para a emissão adequada da irradiância
do fotopolimerizador e, consequentemente, para obtenção de melhores resultados
clínicos. Ademais, não foram constatadas diferenças estatísticas significativas entre
os métodos de recobrimento das ponteiras com barreiras de proteção, isto é, tais
aparatos não interferiram na emissão de irradiância dos aparelhos.
Palavras–chave: Fotopolimerizador. Irradiância. Fotopolimerização. |
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