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Esta monografia procura investigar o motivo de o futebol se apresentar de forma categórica
como um instrumento de propagação do racismo na América do Sul, sob a perspectiva das
Relações Internacionais, a fim de compreender se, a ausência de uma estrutura articulada para
o combate à discriminação racial, permite a canalização do problema cultural e estrutural do
racismo na região. Entende-se que o racismo no esporte não é apenas um problema isolado,
mas também reflete as dinâmicas sociais, culturais e políticas presentes na sociedade sul americana. Trata-se de um estudo desenvolvido por meio de revisão bibliográfica sobre o tema,
com recorte temporal de 2014 a 2022, o qual permite analisar os relatórios anuais de
discriminação racial elaborados pelo Observatório de Discriminação Racial no Futebol. Sendo
assim, possui uma abordagem quali-quantitativa. Inicialmente, busca-se estabelecer uma
análise acerca do debate do esporte em Relações Internacionais, para em seguida elucidar o
racismo estrutural na América do Sul. Logo depois, são levantados casos específicos de
discriminação racial no futebol nas competições dessa região, e os seus desdobramentos para
verificar se o arcabouço existente é eficaz para inibir tais atos, contando, nessa parte, com uma
entrevista realizada por esta autora, com o criador e diretor-executivo do Observatório de
Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho. Por fim, apontam-se novos mecanismos
de combate ao racismo, e infere-se que as estruturas vigentes para mitigar os atos racistas no
futebol sul-americano não são eficazes. |
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